Nicolas Antoine Taunay (Paris, França 1755 – idem 1830). Pintor, ilustrador, professor. Inicia estudos de pintura em 1768, em Paris, nos ateliês de François Bernard Lépicié, Nicolas Guy Brenet e Francisco Casanova. Aos 17 anos, dedica-se à pintura de paisagem. A partir de 1777, expõe no evento chamado Jeunesse e no Salon de la Correspondance, ambos não oficiais. Em 1784, é aceito como agregado na Academia Real de Pintura e Escultura. Esse título possibilita sua participação nos eventos oficiais, bem como sua indicação para pensão de três anos na Academia do Palácio Mancini, em Roma. Na Itália tem contato com o pintor Jacques-Louis David (1748 – 1825), que na ocasião pinta O Juramento dos Horácios. Retorna à França em 1787 e expõe nos salões parisienses. No ano de 1793, com o ambiente atribulado e a extinção das instituições monárquicas, como desdobramento da Revolução Francesa, retira-se de Paris, para onde volta em 1796 para integrar o recém-criado Instituto de França. Em 1805, retrata as campanhas de Napoleão (1769 – 1821) na Alemanha. Com o fim do império napoleônico, vem para o Brasil como integrante da Missão Artística Francesa. Chega ao Rio de Janeiro em 1816 e torna-se pensionista de D. João VI (1767 – 1826) e membro da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, futura Academia Imperial de Belas Artes – Aiba, onde ocupa a cadeira de pintura de paisagem. Em 1821, após desentendimentos surgidos pela nomeação de Henrique José da Silva (1772 – 1834) para a direção da Escola, retorna à França.