Johann Moritz Rugendas (Augsburg, Alemanha, 1802 – Weilheim, Alemanha, 1858). Pintor, desenhista e gravador. Participa de expedições com o objetivo de documentar sobre o continente americano e tem um importante trabalho iconográfico de paisagens e costumes brasileiros do século XIX.
Pertence à sétima geração de uma família de desenhistas, pintores, gravadores e impressores. Desde criança, exercita o desenho e a gravura, e se inicia na atividade artística por influência de seu pai, Johann Lorenz Rugendas II (1775-1826), diretor e professor da escola de desenho de Augsburg.
De 1815 a 1817, frequenta o ateliê do pintor alemão de batalhas Albrecht Adam (1786- 1862). Em 1817, começa a estudar na Academia de Belas Artes de Munique como aluno de Lorenzo Quaglio II (1793-1869). A influência do ensino acadêmico é permanente na produção do artista, que valoriza o desenho em suas composições e a representação segundo a reelaboração ideal e universal da observação do particular.
Incentivado pelos relatos de viagem dos naturalistas alemães Johann Baptist von Spix (1781-1826) e Karl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868) e pela obra do pintor austríaco Thomas Ender (1793-1875), vem ao Brasil como desenhista documentarista da Expedição Langsdorff, do cônsul da Rússia Grigory Ivanovitch Langsdorff (1774-1852).
Em 1847, parte definitivamente para a Europa. Em troca de uma pensão anual e vitalícia, cede sua coleção de desenhos e aquarelas ao Rei Maximiliano II (1811-1864), da Baviera, perdendo-a anos depois por não realizar produção pictórica com base em seus trabalhos americanos, como acordado.
Com desenhos, aquarelas e pinturas a óleo, o conjunto gráfico e pictórico de Johann Moritz Rugendas representa um dos materiais fundamentais de conhecimento da sociedade e da paisagem americana no século XIX.