Oscar Pereira da Silva

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Oscar Pereira da Silva

Oscar Pereira da Silva (São Fidélis RJ 1867 – São Paulo SP 1939), foi pintor, decorador, desenhista e professor. Desde menino revelou gosto pelo desenho e pela pintura. Assim, em 1882, matriculou-se na Academia Imperial de Belas Artes onde teve como contemporâneos Eliseu Visconti, Eduardo Sá e João Batista da Costa. Aluno de Zeferino da Costa, Victor Meirelles, Chaves Pinheiro e José Maria de Medeiros, em 1887, tornou-se ajudante de Zeferino da Costa na decoração da Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro. Tal experiência gerou frutos em São Paulo, tendo a oportunidade de decorar a Igreja de Santa Cecília.

No início do século XX, em São Paulo, diversas capelas coloniais foram substituídas por edifícios neogóticos ou neocoloniais. Essa mudança deu oportunidade de trabalho para artistas decoradores como para Oscar Pereira da Silva e Benedito Calixto. Além da Igreja de Santa Cecília, ambos atuaram nas igrejas de Santa Ifigênia, da Consolação e do Rosário. Pereira da Silva realiza também trabalhos decorativos para a Igreja de Nossa Senhora da Conceição.

Em Paris, Oscar foi pensionista do ateliê de dois dos maiores conservadores, Léon Bonnat e Jean-Léon Gérôme, que atendia aos pedidos de oficiais do regime governamental da época. O artista vivia na disciplina do ensino da École des Beaux Arts e negava-se a admitir o interesse por movimentos artísticos renovadores, com o realismo de Delacroix e menos ainda ao impressionismo, já fora das artes direcionadas aos oficiais. Na convicção de que era inadmissível um artista deformar para melhor expressar-se, essa visão era uma premissa até mesmo respeitada pelos críticos reacionários aos novos movimentos. Ou seja, nessa perspectiva, um artista poderia somente criar obras belas e assuntos nobres com exatidão, até mesmo embelezar a cruel realidade da vida.

Assim que, Oscar Pereira da Silva conquistou o Prêmio de Viagem à Europa decidiu voltar a viver em Paris, onde estudou e acreditava que na lá, na Europa, poderia viver melhor que no Brasil. A postura tomada pelo pintor também demonstra como a insatisfação no meio artístico brasileiro eram generalizadas, visto que Rodolpho Bernardelli também chegou aconselhar Eliseu Visconti a fazer o mesmo. Os artistas procuravam explicar a origem desse ambiente que consideravam hostil às belas artes, além de expressarem o descontentamento. Desde meados do século XIX, textos publicados na imprensa e até mesmo documentos oficiais, lamentavam o desamor do povo brasileiro às artes. Tal desinteresse seria a causa da vida difícil dos artistas no Brasil.

Cunho
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