Lygia Pape (Nova Friburgo, 1927 — Rio de Janeiro, 3 de maio de 2004) foi uma gravadora, escultora, pintora, cineasta, professora e artista multimídia brasileira, identificada com o movimento conhecido por neoconcretismo.
Lygia Pape iniciou seus estudos em arte com os gravadores Fayga Ostrower e Ivan Serpa. Deixou uma obra marcada pelo abstracionismo geométrico e por uma diversificação exemplar. Uma de suas obras mais instigantes é o Livro do Tempo, um conjunto de 365 peças de madeira diferentes umas das outras. Importante representante da arte contemporânea no Brasil, Lygia possui uma trajetória artística que se iniciou com o abstracionismo geométrico. Já na década de 1950 possuía renome na cena artística carioca e, em 1959, foi uma das signatárias do manifesto neoconcreto, encabeçado por Ferreira Gullar e Hélio Oiticica.
Além de sua carreira artística, Lygia Pape lecionou na Faculdade de Arquitetura Santa Úrsula e na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Também deu o curso “Espaço Poetico, Uma Proposta Ambiental” na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Participou da I Exposição Nacional de Arte Abstrata Nacional, em Petrópolis, em 1953. Expôs as xilogravuras Tecelares, com o Grupo Frente, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1955. Em 1956, participou da Exposição de Arte Concreta no MASP e em Zurique. No final de 1956 e começo de 1957, participou da 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e no Ministério da Educação e Cultura, no Rio. Em 1958, apresentou no teatro do hotel Copacabana Palace o Balé Neoconcreto, de autoria sua com a participação de Reynaldo Jardim.