Pintor, escultor, ilustrador, desenhista, gravador e diretor de arte.
Em 16 de janeiro de 1950 , Gessiron Alves Franco mudou-se para Goiânia, indo residir numa zona de classe média baixa, Bairro Popular. Foi exatamente nessa localidade onde se deu o desastre com o Césio-137, em 1987.Em 1959 a primeira obra conhecida de Siron. Não se sabe ao certo quando Siron começou a ter contato com as artes visuais ou quando passou a demonstrar certo interesse nesta direção. Sabe-se, no entanto, que, em Goiânia, as pessoas de classe média costumavam decorar as paredes de suas casas com reproduções ruins e baratas dos mestres europeus – da Renascença ao Impressionismo. Possivelmente, teriam sido essas reproduções o primeiro contato que teve Siron com as artes visuais. Na casa de seus pais havia, por exemplo, uma reprodução da Última Ceia de Leonardo Da Vinci. Configurando esse fato como sendo o primeiro contato de Siron com as artes visuais, não há como precisar a data em que ele começou a pintar. Nesse ano numa curta viagem de seus pais, Siron pintou a Última Ceia na parede de sua casa.
Um ano depois em 1960, Siron passou a freqüentar o Estúdio ao Ar Livre, supervisionado por dois pintores locais, D.J. Oliveira e Cleber Gouvêa. Como lhe faltassem tempo e meios para bancar as aulas de pintura, não teve um envolvimento muito singular com esse estabelecimento. Talvez estivesse lá apenas como observador. Foi nesse local que encontrou, além da grande ajuda dos pintores citados, o pintor Confaloni, o fundador da primeira escola de belas-artes de Goiânia e seu primeiro mentor.
Em 1961 começa a trabalhar numa editora, emprego que lhe permite conseguir uma coisa cara para ele: o papel.
Entre 1962 a 1966 sem emprego fixo e estabilidade financeira, Siron aprendia sozinho a dominar a técnica do desenho e, de forma já não tão autodidata, a da pintura. Seu método se baseava na observação e experimentação. Começou a manter-se como retratista, pintando quadros a óleo, técnica que domina, mas raramente faz uso dela.