Artista português, Júlio Pomar nasceu a 10 de janeiro de 1926, na rua das Janelas Verdes, em Lisboa, e morreu a 22 de maio de 2018, na mesma cidade.
Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e inscreveu-se aos 16 anos na ESBAL. A primeira exposição, juntamente com Vespeira, Azevedo e Pedro Oom, foi realizada num atelier da rua das Flores, e aí Almada Negreiros comprou-lhe o primeiro quadro, Saltimbancos.
Na Escola de Belas-Artes do Porto conheceu o arquiteto e pintor Fernando Lanhas. Por esta época defendeu uma arte de intervenção, exemplificada em O Gadanheiro (1945) e, mais tarde, no conhecido O Almoço do Trolha, que ficaria para a História como símbolo de uma época.
Durante a prisão em Caxias, consequência da sua atividade militante, retrata o futuro presidente da república Mário Soares, na altura um companheiro de cela.Nos anos 90 Júlio Pomar repartiu o seu tempo entre Paris e Lisboa. A galeria Piltzer, na exposição “Les Joies de Vivre”, patente ao público em Paris de 12 de dezembro de 1997 a 29 de janeiro de 1998, apresentou 6 trípticos e 2 quadrípticos em que os temas mitológicos, a personagem de D. Quixote ou o percurso do artista por terras brasileiras serviam de pretexto para a exaltação do prazer dos sentidos.
Para além de pintor, Pomar revelou-se como poeta na “International Poetry Magazine” em 1973, estando os seus poemas reunidos no livro Alguns Eventos, editado pela D. Quixote em 1992. Em Da Cegueira dos Pintores (edição portuguesa – 1986) publicou ensaios sobre a arte e a criação.