Manabu Mabe (Kumamoto, Japão 1924 – São Paulo SP 1997). Pintor, gravador, ilustrador. De Kobe, Japão, emigra com a família para o Brasil em 1934, para dedicar-se ao trabalho na lavoura de café no interior do Estado de São Paulo. Interessado em pintura, começa a pesquisar, como autodidata, em revistas japonesas e livros sobre arte. Em 1945, na cidade de Lins, aprende a preparar a tela e a diluir tintas com o pintor e fotógrafo Teisuke Kumasaka. No fim da década de 1940, em São Paulo, conhece o pintor Tomoo Handa a quem apresenta seus trabalhos. Integra-se ao Grupo Seibi e participa das reuniões de estudos do Grupo 15. No ano seguinte adquire conhecimentos técnicos e teóricos com o pintor Yoshiya Takaoka. Nos anos 1950 toma parte nas exposições organizadas pelo Grupo Guanabara. Em 1957 vende seu cafezal em Lins e muda-se para São Paulo para dedicar-se exclusivamente à pintura. No ano seguinte, recebe o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea. Em 1959, é homenageado com o artigo intitulado The Year of Manabu Mabe [O ano de Manabu Mabe], publicado na revista Time, em Nova York. Conquista prêmio de melhor pintor nacional na 5ª Bienal Internacional de São Paulo e prêmio de pintura na 1ª Bienal de Paris. Nos anos 1980 pinta um painel para a Pan American Union em Washington, Estados Unidos; ilustra O Livro de Hai-Kais, tradução de Olga Salvary e edição de Massao Ohno e Roswitha Kempf; e elabora a cortina de fundo do Teatro Provincial, em Kumamoto, Japão.