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Ismael Nery

Ismael Nery (Belém, 9 de outubro de 1900 – Rio de Janeiro, 6 de abril de 1934) foi um pintor, desenhista, arquiteto, filósofo e poeta brasileiro de influência surrealista. Sua obra icônica é Autorretrato, 1927 (Autorretrato Rio/Paris). Esta obra participou da exposição Brazil: Body & Soul, no Museu Solomon R. Guggenheim em 2001, e encontra-se atualmente exposta no MASP.

Foi, também, cenógrafo. Em 1929, depois de uma viagem à Argentina e Uruguai, um diagnóstico revelou que ele era portador de tuberculose, o que o levou a internar-se no Sanatório de Correas, em Petrópolis (RJ), por dois anos. Saiu de lá aparentemente curado. No entanto, em 1933, a doença voltou de forma irreversível.

A partir daí, suas figuras tornaram-se mais viscerais e mutiladas. Morreu em 1934, aos trinta e três anos de idade, no Rio de Janeiro. Foi enterrado vestindo um hábito dos franciscanos, numa homenagem dos frades à sua ardorosa fé católica.

A obra de Nery permaneceu ignorada do público e da crítica até 1965, quando teve seu nome inscrito na 8ª Bienal de São Paulo, na Sala Especial de Surrealismo e Arte Fantástica. Suas obras foram expostas também na 10ª Bienal de São Paulo. Foram feitas retrospectivas em 1966, no Rio de Janeiro, e em 1984, no MAC-USP.