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Pedro Américo de Figuereido e Mello

Pedro Américo de Figueiredo e Melo (Areia, 29 de abril de 1843 — Florença, 7 de outubro de 1905) foi um romancista, poeta, cientista, teórico de arte, ensaísta, filósofo, político e professor brasileiro, mas é mais lembrado como um dos mais importantes pintores acadêmicos do Brasil, deixando obras de impacto nacional.

Desde cedo o paraibano demonstrou inclinação para as artes, sendo considerado um menino-prodígio. Ainda muito jovem participou como desenhista de uma expedição de naturalistas pelo Nordeste, e recebeu apoio do governo para se formar na Academia Imperial de Belas Artes. Fez seu aperfeiçoamento artístico em Paris, estudando com mestres célebres, mas se dedicou também à ciência e à filosofia. Logo após seu retorno ao Brasil passou a dar aulas na Academia e iniciou uma carreira de sucesso, ganhando projeção com grandes pinturas de caráter cívico e heroico, inserindo-se no programa civilizador e modernizador do país fomentado pelo imperador Dom Pedro II, do qual a Academia Imperial era o braço regulador e executivo na esfera artística.

Em 1868 defendeu a tese A Ciência e os Sistemas: Questões de História e Filosofia Natural na Faculdade de Ciências da Universidade de Bruxelas, obtendo o grau de Doutor em Ciências Naturais, aprovado com mérito e indicado em janeiro do ano seguinte como professor adjunto. A aprovação foi noticiada em diversos jornais brasileiros e belgas em termos sumamente laudatórios, assumindo um caráter de acontecimentos científico, e segundo seu primeiro biógrafo lhe valeu a Ordem do Santo Sepulcro, outorgada pelo papa Pio IX. Datam deste período as pinturas São Marcos, Visão de São Paulo e Cabeça de São Jerônimo. Ao mesmo tempo, o governo o pressionava para que voltasse e assumisse sua cadeira de professor na AIBA.