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NICOLAS-ANTOINE TAUNAY

Nasceu em Paris, França, em 10 de fevereiro de 1755. Iniciou seus estudos artísticos aos 13 anos tendo estudado com renomados pintores. Participou de exposições no Salon de La Jeunesse, em 1777 e 1779, que apresentava novos artistas, e do Salon de La Correspondence, em 1782, onde obteve boas críticas. Em 1784 recebeu o título de agregado da Academia Real de Pintura e Escultura com o quadro Orlando Furioso, o que lhe possibilitou a participação nos salões oficiais. 

De 1784 a 1787 estudou em Roma como agregado na Academia Real de Pintura e Escultura. Retornou para a França, onde expôs seus trabalhos em diversos eventos, tornando-se um artista consagrado em seu país. Afastou-se de Paris no período conturbado do Terror, indo residir em Montmorency. 

Em 1795 foi indicado membro do Instituto da França, sendo eleito vice-presidente da classe de belas-artes em 1813, e presidente em 1814. No Salão de 1801, expôs obras cujo tema era Napoleão Bonaparte, consagrando-se como um pintor que retratou seus triunfos, tendo pintado obras em grande formato como O General Bonaparte recebendo prisioneiros no campo de batalha após uma das suas vitórias na Itália, Passagem dos Alpes pelo general Bonaparte e Ataque do forte de Bard. 

Em 1805, pintou Entrada de Napoleão em Munique, tendo sido um dos artistas escolhidos para registrar as conquistas do exército francês na Alemanha. Com a queda de Napoleão e a restauração da monarquia enfrentou um período de dificuldades políticas e econômicas. Aceitou convite de Joaquim Lebreton para integrar a chamada “missão artística francesa”, reunida com o objetivo de promover o ensino artístico no Brasil, ao lado de nomes como Jean-Baptiste Debret e Grandjean de Montigny. 

Desembarcou em 1816 no Rio de Janeiro, onde se dedicou à pintura por encomenda de figuras da corte, inclusive trabalhos oficiais de d. João e da família real, além de retratar a paisagem local. Lente de pintura de paisagem da Academia de Artes, abandonou o projeto com a crise aberta pela morte do conde da Barca, Antônio de Araújo e Azevedo, protetor dos artistas franceses, e a indicação do pintor português Henrique José da Silva (1772-1834) para direção, em substituição a Joaquim Lebreton (1760-1819), que falecera. Retornou à França em 1821, voltando a participar de salões oficiais. Morreu em Paris em 20 de março de 1830.