Modesto Brocos y Gómez (Santiago de Compostela, 9 de fevereiro de 1852 — Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1936) foi um pintor, desenhista e gravador espanhol radicado no Brasil definitivamente a partir de 1890. Era irmão do famoso escultor Isidoro Brocos y Gomez que foi seu primeiro professor na Academia de Belas Artes da Corunha.
Terminados os estudos, aos dezoito anos, pretendeu ganhar a vida na Argentina, mas dois anos depois estava no Brasil ilustrando o semanário O Mequetrefe, no Rio de Janeiro. Introduziu no país a técnica da xilogravura aplicando-a em suas ilustrações. Em 1875, inscreveu-se como aluno livre na Academia Imperial de Belas Artes onde recebeu os ensinamentos de Vítor Meireles e de Zeferino da Costa.
De gênio irrequieto, não demorou dois anos no Brasil, transferindo-se para Paris e ingressando Escola de Belas Artes onde teve como mestre o alemão Henri Lehmann. Não suportou o tipo de ensinamento recebido e logo transfere-se para Madri e da capital espanhola novamente para Paris e logo em seguida para Roma, onde encontrou seu protetor e professor, o artista espanhol Francisco Pradilla.
Frequentou por cinco anos a Academia Chigi até 1890. Nessa época já era um artista maduro, autor de excelentes obras e frequentador do Salon parisiense. Na condição de pintor com formação completada, retorna ao Rio de Janeiro a convite de Rodolfo Bernardelli então diretor da Escola Nacional de Belas Artes, sucessora da velha Academia Imperial.
Depois de naturalizar-se brasileiro, o que conseguiu com muita rapidez, foi nomeado professor de desenho de modelo vivo da Escola Nacional de Belas Artes matéria que lecionou de 1891 a 1896. Em muitos dos seus trabalhos como pintor e gravador fixou com realismo os tipos e as cenas brasileiras. Praticou diversos gêneros de pintura e foi autor de livros como A questão do ensino de Bellas Artes (1915) e Retórica dos pintores (1933).