Francisco Pedro do Amaral (Rio de Janeiro, 1790 — Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1830) foi um pintor, desenhista, decorador, e cenógrafo brasileiro. Dentre as técnicas que aprendeu, dominava a douração e o estuque. Pertenceu, juntamente com Simplício de Sá, ao primeiro grupo de alunos de Debret. As informações sobre o artista são desconexas e sofrem de carência documental primária, mas, ao que tudo indica, foi sepultado na Igreja do Hospício, com honras eclesiásticas. Além disso, é autor, dentre outras obras, das pinturas decorativas da casa da marquesa de Santos, em São Cristóvão, e o retrato a óleo da própria marquesa existente no Museu Histórico Nacional.
Para o período histórico em que viveu, Francisco Pedro do Amaral fez parte da nova ideia de formação artística que surgia no Brasil. Estudou os fundamentos presentes na Escola Fluminense, além inserir traços da arte francesa da época em suas obras, por influência dos ensinamentos proveniente do próprio Manuel Dias e de Jean-Baptiste Debret, ícone do movimento artístico francês. Esteve presente no período de transição das habilidades e técnicas plásticas.
Iniciou os estudos de desenho com o mestre José Leandro de Carvalho ainda no século XVIII, por um período de tempo indeterminado. Em seguida ingressou na Aula Régia de Desenho e Figura, primeira instituição de ensino de Arte Plásticas, fundada em 1800 e dirigida por Manuel Dias de Oliveira. Francisco Pedro do Amaral foi aluno desde a criação até 1807. Candidatou-se para professor substituto da Aula, mas apesar dos trabalhos apresentados terem causado boa impressão, não teve sucesso em seu pleito. A intenção era conseguir a vaga apresentando suas contribuições para Tomás Antônio de Vila Nova Portugal, político português, que fazia parte e atuava como desembargador ordinário no tribunal Desembargo do Paço, no Rio de Janeiro.
Apesar dos diversos e bons trabalhos executados e da carreira artística intensa, Amaral não teve retornos e condições financeiras suficientes durante a vida. Entretanto, Francisco Pedro do Amaral foi um artista muito estimado em seu tempo pela qualidade dos seus serviços e do apelo social. Além disso, estudos ressaltam que cuidou dos filhos e dos irmãos. Mesmo com informações imprecisas, sabe-se que Amaral sempre esteve próximo sua mãe e de uma irmã, a quem fazia companhia constantemente, mas não é possível afirmar que teve deve, de fato, descendentes, uma vez que dados e informações concretos poderiam ser levantados com maior facilidade e convicção.