Félix-Marie-Émile Taunay, 2º barão de Taunay (Montmorency, 1 de março de 1795 – Rio de Janeiro, 10 de abril de 1881), foi um pintor francês, professor e diretor da Academia Imperial de Belas Artes do Brasil, sendo um dos idealizadores e o principal responsável pela efetivação do projeto de ensino acadêmico proposto pelos membros da Missão Artística Francesa, da qual fez parte, um marco fundamental no processo de modernização do sistema de artes do país. Como pintor deixou um importante legado na pintura de paisagem, sendo um dos fundadores do gênero no Brasil.
Era filho do pintor Nicolas-Antoine Taunay e de sua esposa, Marie Josephine Rondel, de origem bretã. Com a derrocada de Napoleão Bonaparte, Nicolas deixou a França e partiu para o Brasil em 1816, integrando-se à Missão Artística Francesa. Chegou acompanhado dos seus cinco filhos: Charles-Auguste, Félix-Émile, Aimé-Adrien, Hippolyte e Theodore-Marie. Foi nomeado professor de Pintura Histórica da Academia Imperial de Belas Artes.
Nunca chegou a ser empossado, mas viveu de uma pensão real e realizou várias encomendas para a Corte. Antes de partir de volta à França em 1821, Nicolas recebeu o título português de Barão de Taunay. Félix-Émile permaneceu no Brasil. Havia se formado farmacêutico na França, mas no Brasil sua carreira tomaria outros rumos, recebendo formação artística de seu pai.Casou-se com Gabriela Hermínia de Robert d’Escragnolle, filha do conde d’Escragnolle e irmã do barão d’Escragnolle, sendo pais do escritor Alfredo d’Escragnolle Taunay, visconde de Taunay, e de mais dois filhos. Viveram na casa erguida por seu pai Nicolas ao lado de uma cascata localizada no atual Parque Nacional da Tijuca, depois batizada como “Cascatinha Taunay” em lembrança de Nicolas. Um monumento com o retrato de Félix foi erigido no local onde existiu a casa da família, demolida no início do século XX. No mesmo parque foi construída a Fonte dos Taunay homenageando a família.