Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro, 23 de setembro de 1898 — Rio de Janeiro, 4 de outubro de 1966) foi um compositor, cantor e pintor brasileiro. Foi um dos pioneiros na composição dos sambas e participou da fundação das primeiras escolas de samba do Brasil. Seus pais eram Eduardo Alexandre dos Prazeres, marceneiro e clarinetista da banda da Guarda Nacional, e Celestina Gonçalves Martins, costureira, residentes no bairro carioca Cidade Nova (Praça Onze). Em sua família, ele era conhecido como Lino e tinha duas irmãs mais velhas, Acirema e Iraci. O pai de Heitor o ensinou a tocar o clarinete em vários ritmos como polcas, valsas, choros e marchas. Ele morreu quando o filho tinha sete anos. Ele estudou nas escolas “Benjamin Constant”, colégio dos padres de Sant’Ana e Externato Sousa Aguiar, mas foi expulso de todas elas e só cursou até a quarta série. Fez cursos de carpintaria. Seu tio, Hilário Jovino Ferreira, músico conhecido como “Lalau de Ouro” deu-lhe o seu primeiro cavaquinho.[3] Tomou seu tio como modelo de compositor e aos doze anos, já era conhecido como Mano Heitor do Cavaquinho.[4] Começou a participar de reuniões religiosas em casas onde na companhia de músicos experientes tocava e improvisava ritmos africanos como candomblé, jongo, lundu, cateretê, samba, etc., com instrumentos de percussão ou cavaquinho. Entre as casas que frequentava eram as de vovó Celi, tia Esther, Oswaldo Cruz e tia Ciata, onde as reuniões de bambas mais importantes da época eram feitas, como Lalu de Ouro, Caninha, João da Baiana, Sinhô, Getúlio Marinho (“Amor”), Donga, Saturnino Gonçalves (“Satur”), Pixinguinha, Paulo da Portela e outros.