Maria Auxiliadora da Silva (Campo Belo, Minas Gerais, 1935 – São Paulo, São Paulo, 1974). Pintora, costureira e bordadeira. É reconhecida por seus quadros com cores puras e vibrantes, pelos volumes e relevos feitos com massa acrílica e mechas de cabelo e por retratar cenas do cotidiano urbano e rural, além de temas afro-brasileiros, como terreiros, capoeira e rodas de samba.
Oriunda de uma família de artistas, como escritores, músicos e pintores, essa imersão desde cedo em um ambiente criativo impulsiona suas experimentações. Sua mãe, embora não seja artista, incentiva os filhos a criarem e ensina bordado a Maria Auxiliadora, sendo uma grande influência em seus trabalhos. Autodidata, inova em suas técnicas de pintura sem frequentar uma escola formal.
No início da carreira, a pintora expõe seus quadros na Praça da República, em São Paulo, local de encontro de artistas não inseridos no circuito. É nesse momento que conhece o crítico de arte e físico Mário Schenberg (1914-1990), que adquire diversas de suas obras e a apresenta ao cônsul dos Estados Unidos, que organiza sua primeira exposição individual, em 1970, na Mini-Galeria USIS, no Consulado Americano em São Paulo. Com a mostra, a artista passa a ter reconhecimento nacional e internacional. Expõe ainda na 10ª Bienal de São Paulo (1969); na Galeria Zimmer, em Dusseldorf, Alemanha (1972); e na Art Fair, em Basileia, na Suíça (1973).