Zéphyrin Ferrez, Zepherin Ferrez ou Zeferino Ferrez[1] (Saint Laurent, 31 de julho de 1797 — Rio de Janeiro, 22 de julho de 1851), foi um escultor, gravurista e professor franco-brasileiro, além de um integrante tardio da Missão Artística Francesa, por ter ingressado ao movimento, cerca de seis meses depois de seu início.
Ferrez participou dos trabalhos de decoração de ruas, avenidas e praças da cidade do Rio de Janeiro com a chegada da futura imperatriz Dona Leopoldina, e realizou outras obras similares para a realeza.
Gravou a primeira medalha projetada e cunhada do Brasil, para a aclamação de D. João VI, em 1820. Também fabricou as medalhas da coroação de D. Pedro I, a rara Peça da Coroação, e ainda foi responsável pela medalha de matrimônio entre D. Pedro II e Dona Teresa Cristina de 1842. Além disso, o artista, que aportou no Brasil junto de seu irmão Marc Ferrez (também artista neoclássico, porém com foco em bustos de mármore ao contrário da numismática) desenvolveu, em 1818, um berço de madeira sustentada por duas esfinges e decorada com guirlandas de flores para princesa Maria da Glória, primeira filha de D.Pedro I.
Em 1826 realizou, também com seu irmão Marc, uma série de baixos-relevos para a fachada do edifício da Academia Imperial de Belas Artes, projetado por Grandjean de Montigny. Quando o prédio foi demolido, em 1938, um dos únicos trabalhos que foram preservados foi o pórtico projetado em granito e mármore, onde se destacam os ornamentos em terracota de Ferrez. Esse fragmento do edifício foi realocado, mais tarde, na década de 40, para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde permanece até os dias de hoje.