Nascido no bairro de Nazaré, na rua Fonte Nova do Desterro, era filho de João Francisco Lopes Rodrigues, pintor, de quem recebeu as primeiras lições artísticas, vindo depois a tê-las de Miguel Navarro Cañizares no Liceu de Artes e Ofícios. Ali, quando ainda estudante, funda ao lado de colegas e do próprio Cañizares, a Academia de Belas Artes da Bahia, em 1880; além de aluno, trabalhou para o Liceu como secretário.
Em meados de 1882 mudou-se para o Rio de Janeiro, apresentando-se como professor de desenho e também como retratista; ali solicitou ingresso como aluno de pintura histórica na Academia Imperial de Belas Artes, mas não há registro de que tenha frequentado ao curso. Foi pensionista do imperador Dom Pedro II e do governo republicano. Dois anos depois participa das exposições Geral de Belas Artes e Científica Brasileira (nesta última, com suas ilustrações para a obra de anatomia de José Pereira Guimarães), obtendo nas duas menções honrosas.
No ano de 1886 decide morar em Paris, saindo do Brasil e ficando por dez anos na Europa. Em Paris, estudou com Jules Joseph Lefebvre e Rafael Collin; três anos depois participa com trabalhos na Exposição Universal de 1889 na capital francesa; em 1890, 1892, 1894 e 1895 tem trabalhos selecionados para o Salon des Artistes Français e nas edições de 1894 e 1896 da Exposição Geral de Belas Artes, no Rio, obtendo nesta última a medalha de ouro de terceira classe.
No ano anterior havia realizado, em Salvador, uma mostra retrospectiva de seu trabalho, na Escola de Belas Artes e neste mesmo ano muda-se de forma definitiva para a Salvador Natal, onde realiza trabalhos sob encomenda e dirige artisticamente a publicação “O Álbum”. Já em 1890 havia se tornado, junto a Oscar Pereira da Silva e a João Ludovico Berna, pensionista do governo. Em 1917, ano de sua morte, foi um dos organizadores da “Sociedade Propagadora de Belas Artes de Salvador”.