Geraldo de Barros (Chavantes, 27 de fevereiro de 1923 — São Paulo, 17 de abril de 1998) foi um pintor e fotógrafo brasileiro. Além da fotografia e da pintura, sua obra se estende também à gravura, às artes gráficas e ao desenho industrial.
Geraldo de Barros iniciou sua carreira dedicando-se à pintura de figura e paisagens, mas tornou-se conhecido ao estabelecer vínculos com a arte experimental. Foi um dos pioneiros da fotografia abstrata e do modernismo no Brasil, além de ser considerado um dos mais importantes artistas do movimento concretista brasileiro. As imagens de Geraldo de Barros se formam a partir da desconstrução, onde o efêmero, o fragmento, o tempo, o descontínuo, e a ação estão presentes. A partir da reordenação de elementos, o artista cria uma nova composição. Em seus trabalhos, estão sempre presentes as questões sociais e urbanas, além da inquietude diante da relação entre a arte e a sociedade.
Foi fundador e membro de grandes e importantes movimentos e associações artísticas como o Grupo 15, a Galeria Rex, o Grupo Ruptura, o grupo FormInform, a cooperativa de produção de móveis Unilabor, e a indústria de móveis Hobjeto.
Coerente em sua trajetória, seus trabalhos estão conectados ao contexto histórico, político e artístico do período em que foram desenvolvidos. Foi da geometria à arte pop, voltando à geometria, mas sempre ligado ao desenho industrial e a fotografia. Ao entrar em contato com a fotografia se apaixona, seu olhar se aguça, passa a criar interferências, recriar a imagem. Sofrendo influências do movimento construtivista e da arte concreta, muda sua visão de representação da realidade e lhe aplica novas regras. Suas fotoformas representam uma nova era no processo de fotografia no Brasil, dá a ela novas possibilidades, onde está deixa o campo da mera representação e passa a ser considerada uma nova linguagem artística. Explora ao máximo todas as possibilidades de manipulação do negativo. A fotografia lhe permitia a possibilidade do erro, e para Geraldo era importante errar.
Geraldo abandonou a fotografia por alguns anos e dedicou-se a outras artes e ao design. Em 1996, após ter sofrido diversas isquemias cerebrais e com suas funções motoras totalmente debilitadas, retoma seu processo fotográfico e com a ajuda de sua assistente, a fotógrafa Ana Moraes, realiza sua última produção: Sobras.