Albert van der Eckhout (Groningen, Holanda, ca.1610 – idem, ca.1666). Pintor, desenhista. Inicia seus estudos em pintura com Gheert Roeleffs, seu tio. A serviço do conde Maurício de Nassau (1604 – 1679), governador-geral do Brasil holandês, Echkout viaja para o Brasil, onde permanece por sete anos (1637-1644). Entre os companheiros, na comitiva de Nassau, destacam-se os artistas Frans Post (1612 – 1680) e Georg Marcgraf (1610 – 1644). No período em que esteve no Nordeste brasileiro desenvolve intensa atividade como documentarista da fauna e da flora e como pintor de tipos humanos. A estada no Brasil é considerada sua principal fase. Nesse período, produz cerca de 400 desenhos e esboços a óleo presenteados por Nassau a Frederich Wilhelm, eleitor de Brandemburgo1, em 1652, e agrupados por Christian Mentzel, entre 1660 e 1664, nos volumes Theatri Rerum Naturalium Brasiliae e Miscellanea Cleyeri, pertencentes hoje à Biblioteka Jagiellonska, Cracóvia, Polônia. Produz também 26 telas a óleo presenteadas a Frederik III (1609 – 1670), rei da Dinamarca, em 1654, das quais 24 encontram-se hoje conservadas no Departamento de Etnografia do Nationalmuseet [Museu Nacional da Dinamarca] em Copenhague. Albert Eckhout retorna a Holanda em maio de 1644, fixando residência em Groningen. Casa-se e transfere-se para Amersfoort, a leste de Amsterdã, onde nascem seus dois filhos. Em 1653, passa a trabalhar em Dresden como pintor na Corte de Johan Georg II (1613 – 1680). No ano de 1663, volta a residir em Groningen, onde falece por volta de fins de 1665 ou início de 1666. No fim do século XVIII uma série de cartões do artista é transformada em tapeçarias pela Manufatura de Gobelins.