Em 1957, nasce Adriano Jordão de Souza em Olinda (PE). Já adulto, contratado como faxineiro pela galeria Nega Fulô (Recife, PE), toma contato com a arte de Nhô Caboclo, que lá expunha suas obras e residia. Principia seu aprendizado de maneira autodidata e, trabalhando às escondidas, cria um primeiro objeto, que é recebido com entusiasmo por Sílvia Coimbra, sócia da Nega Fulô. Estimulado por ela e pelo extraordinário artista Nhô Caboclo, a quem toma por mestre, Adriano dedica-se com afinco à produção, vindo a tornar-se conhecido em todo o país como discípulo dele. A despeito da evidente inspiração no trabalho de Nhô Caboclo, desenvolve estilo próprio, em que prevalece o esquematismo da forma e o uso do negro. Muito requisitado por arquitetos para a decoração de interiores, Adriano montou uma oficina na qual trabalham ajudantes, entre eles um primo. Os “torés” e os navios negreiros são seus principais temas, e podem ser vistos na Casa do Pontal.