Frei Jesuíno do Monte Carmelo, nome religioso de Jesuíno Francisco de Paula Gusmão (Santos, 25 de março de 1764 — Itu, 1 de julho de 1819) foi um pintor, arquiteto, escultor, encanador, dourador, entalhador, mestre em torêutica, músico e poeta e padre carmelita brasileiro.
Filho e neto de escrava, mulato, foi influenciado pelo barroco europeu. Deixou produção artística em Santos, São Paulo e Itu. A sua biografia foi estudada por Mário de Andrade, na década de 1940, para o então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual IPHAN).
A sua obra pode ser dividida em três fases. Na primeira, ainda em Santos, como artesão, aprendeu o preparo das tintas, durante os trabalhos na Igreja do Carmo em Itu. Nessas pinturas, criou, para mulatos e negros, um lugar de igualdade no reino dos Céus.
No fim de sua vida, concebeu, junto com outros sacerdotes, inclusive seus filhos, já ordenados, aquele que foi o seu maior projeto: a Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio de Itu. Para materializá-lo, esmolou, como mendicante tendo ido à Corte no Rio de Janeiro, para conseguir levantar fundos.