Giovanni Battista Felice Castagneto (Gênova, 27 de novembro de 1851 — Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 1900), também conhecido como João Batista Castagneto, foi um pintor, desenhista, professor e restaurador nascido na Itália que contribuiu imensamente com os trabalhos relacionados a paisagística brasileira, principalmente da questão marinha, do final do Século XIX.
Na Itália, em sua cidade natal, Gênova, Giovanni Battista Castagneto era um marinheiro. Exercia a profissão com o pai, Lorenzo Di Gregorio Castagneto. Em 1874, junto ao seu pai, o futuro pintor chegou ao Rio de Janeiro. Sem muitas informações sobre sua aptidão para arte e afazeres na Itália, ao chegar, seu pai o matriculou na Academia Imperial de Belas Artes. Como tinha uma idade avançada, falsificou seus documentos e conseguiu ingressar nas aulas de desenho geométrico, desenho figurativo e matemática, no começo do curso.
Um fato curioso na obra de Castagneto é a que ao longo de sua produção artística, Castagneto realizou uma grande quantidade de obras que repetem um mesmo motivo. Por vezes os elementos são os mesmos e as alterações consistiam no enquadramento do artista, seu tratamento técnico e o suporte no qual utilizava para produzir as telas, assim, muitas vezes mudando o material. O método que o artista utiliza sugere uma questão de pintura em série, principalmente por representar certos locais mais de uma vez, como Paquetá e Niterói, com diferentes pontos de vista. Todavia, não pode ser afirmada, apenas seu objeto de desejo.
A vida bucólica, os pescadores e principalmente a atmosfera marinha são objetos que João Batista não deixa passar. Podemos assim, destacar a modernidade de Castagneto na técnica, já a capacidade de produzir diferentes elementos de uma mesma realidade são ações pela qual não são tão comuns para a época. O ambiente francês parece ter favorecido essa criação e a inovação do artista.