Carmela Gross (São Paulo, 16 de fevereiro de 1946) é artista plástica brasileira. Sua produção artística assinala um olhar incisivo e crítico sobre a cidade contemporânea em sua dimensão política e social. O eixo comum, para além da diversidade dos contextos e das propostas elaboradas, está na relação entre o trabalho de arte e a cidade. O conjunto de operações que envolvem desde a concepção do trabalho, passando pelo processo de produção, até a disposição no lugar de exibição enfatizam a relação dialética entre a obra e o espaço urbano, entre a obra e o público/transeunte.
Em 2010, a Pinacoteca do Estado de São Paulo apresentou uma exposição retrospectiva da artista, intitulada Um corpo de ideias, curadoria de Ivo Mesquita, compreendendo um amplo espectro de sua produção, entre desenhos, objetos e instalações. Em 2016 o Museu da cidade realizou duas mostras simultâneas da artista, com curadoria de Douglas de Freitas, uma na Chácara Lane intitulada Arte à mão armada e outra na Capela do Morumbi. A primeira reuniu um conjunto significativo de obras, entre desenhos, fotos e documentos do arquivo da artista e mais a instalação Escada-escola; a segunda, realizou uma remontagem da instalação (Sem título), de 1992, que pertence ao acervo do Museu de Arte Contemporânea da USP.
Gross já participou de sete edições da Bienal de São Paulo (em 1967, 1969, 1981, 1983, 1989, 1998 e 2002), duas edições do Arte/Cidade (em 1994 e 2002), duas edições da Bienal do Mercosul (em 2005 e 2020), além de Bienais Internacionais na Rússia, Nova Zelândia, Venezuela, Chile, Colômbia e Espanha.