Glauco Otávio Castilhos Rodrigues (Bagé, Rio Grande do Sul, 1929 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004). Pintor, desenhista, gravador, ilustrador, cenógrafo. Começa a pintar, como autodidata, em 1945. Em 1949, recebe bolsa de estudos da Prefeitura de Bagé e freqüenta, por três meses, a Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro. Em 1951, funda o Clube de Gravura de Bagé, com Glênio Bianchetti (1928) e Danúbio Gonçalves (1925). Fixa-se em Porto Alegre e participa do Clube de Gravura de Porto Alegre, fundado por Carlos Scliar (1920 – 2001) e Vasco Prado (1914 – 1998). Em 1958, muda-se para o Rio de Janeiro e integra a primeira equipe da revista Senhor. Reside em Roma entre 1962 e 1965. Ao retornar ao Brasil, participa de importantes exposições, como Opinião 66, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM/RJ. No fim da década de 1950, sua produção se aproxima da abstração. Volta à figuração no início dos anos 1960, e produz obras sob o impacto da arte pop, tratando, com humor, de temas nacionais como a imagem do índio, o carnaval, o futebol, a natureza tropical e a história do Brasil, que inspiram séries como Terra Brasilis, 1970, Carta de Pero Vaz de Caminha, 1971, No País do Carnaval, 1982 ou Sete Vícios Capitais, 1985. Na década de 1980, recebe o Prêmio Golfinho de Ouro Artes Plásticas do Governo do Estado do Rio de Janeiro e publica o livro Glauco Rodrigues, que reúne toda sua obra. Em 1999, recebe o Prêmio Ministério da Cultura Candido Portinari – Artes Plásticas.